Meia noite e trinta e seis. Começo a escrever este texto tentando digerir o que acabou de acontecer comigo e entender o que pode haver daqui para frente.
Há três horas eu ia ao cinema despretenciosamente. Estava prestes a ver mais um filme dirigido por Christopher Nolan (Batman - O Cavaleiro das Trevas), uma incrível produção cujo roteiro havia sido guardado a sete chaves até poucos meses atrás. Há meia hora saio do cinema extasiado e, até certo ponto, desnorteado. "A Origem" não só é um filmaço como apresenta um número absurdo de coincidências com um livro bem conhecido por mim - Rede de Sonhos.
Para quem não me conhece ainda, meu nome é Felipe Pan. No começo de 2008, mais especificamente em fevereiro, concluí o primeiro livro de minha autoria, uma obra infanto-juvenil chamada Rede de Sonhos. Depois de lutar bastante para conseguir que alguma editora se interessasse por minha obra, consegui firmar um contrato com a Editora Novo Século em outubro do mesmo ano. Dessa forma, Rede de Sonhos seria lançada em outubro de 2009. O lançamento atrasou um mês, mas aconteceu.
Rede de Sonhos narra a história de Arthur, um jovem de dezessete anos que ganha um Sonífero de aniversário - uma máquina capaz de conectar a mente das pessoas enquanto elas dormem e projetá-la em um mundo de sonhos muito similar ao nosso, onde há interação e compartilhamento de memórias. Entre o mundo de sonhos e o mundo real, há ainda o Limbo, uma espécie de vazio que divide os dois. Por acaso isso soa familiar?
Não vou me alongar muito hoje, só gostaria de dizer que "A Origem" possui inúmeros elementos muito parecidos com aqueles contidos em Rede de Sonhos. Não quero de jeito algum menosprezar o trabalho de Nolan ou coisa parecida - quem sou eu para competir com ele ou sonhar em fazer algo tão bom quanto ele? Só constato que há uma incomum presença daquele tal consciente coletivo entre as duas obras, já que ideias, termos e até mesmo nomes (vejam só, há um Arthur no filme) foram compartilhados. A pergunta é uma, então: como posso me comportar daqui em diante?
Bom, por hoje paro por aqui. Em breve darei mais detalhes sobre a trama de "A Origem" e uma visão maior do que há em jogo.
Cara, acabei de ver o filme, mas não tive oportunidade de ler o seu livro, mas pelo que você diz é muita coinscidência, e pior é que acontece. Já aconteceu comigo com o filme "irmãos Grimm", eu tinha escrito uma história que era muito parecida, trechos quase iguais do filme.. é acontece! Fazer o quê?
ResponderExcluirAbraço!
Felipe, a literatura de Ficção Científica é a minha paixão. Acredito que apesar da sua história se assemelhar mas por pura coincidência, eu não vejo como algo ruim, mas sim uma novo ramo do irreal para se abordar na literatura. Estou esperando que seu livro chegue aqui em Brasília para poder comprá-lo e de forma nenhuma espero semelhanças, e sim, uma nova interpretação acerca dos sonhos. abraços!
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